
Há um momento silencioso na vida de toda mulher em que ela percebe que está vivendo no automático. Não é exatamente tristeza. Não é exatamente cansaço. É uma sensação de desalinhamento, como se a mente estivesse sempre alguns passos atrás do corpo.
Esse sentimento costuma surgir depois de anos cuidando de tudo e todos: carreira, família, expectativas, rotina. Mas raramente cuidando de si mesma.
E então ela se pergunta:
“Em que momento eu me perdi?”
A verdade é: você não se perdeu. Você se abandonou para sobreviver, e agora está reaprendendo a se reencontrar.
A maioria das mulheres vive sobrecarregada por um acúmulo de papéis que nunca foram escolhidos conscientemente.
- 📌 Ser forte sempre.
- 📌 Ser compreensiva sempre.
- 📌 Ser organizada sempre.
- 📌 Ser a base emocional da família sempre.
- 📌 E ainda assim sorrir, sempre.
Esse “sempre” é exaustivo. E, com o tempo, ele cobra um preço alto: você deixa de se ouvir.
Muitas mulheres só percebem o impacto disso quando o corpo começa a gritar: ansiedade, irritabilidade, queda da libido, dificuldade de dormir, sensação de desconexão emocional ou esgotamento profundo.
E, ainda assim, aprendemos a normalizar tudo isso.
A desconexão emocional não é frescura. É um pedido de socorro.
Quando você começa a sentir que:
perdeu o brilho pelas coisas que antes te animavam,
não sabe explicar exatamente o que sente,
percebe que vive apagando incêndios emocionais,
sente culpa até quando tenta descansar,
… isso não é fraqueza.
É um alerta do seu sistema emocional pedindo reorganização interna. Esse momento — embora doloroso — costuma ser o ponto de virada.
O retorno para si mesma começa com três movimentos simples (mas profundos):
1. Parar de sobreviver e permitir-se sentir
Toda cura começa pelo reconhecimento. Você não precisa entender tudo hoje — apenas admitir que algo em você precisa ser cuidado.
2. Aceitar que pedir ajuda não diminui ninguém
O que mais vejo no consultório são mulheres exaustas tentando ser autossuficientes.
Mas pedir ajuda não é sinal de fraqueza — é sinal de maturidade emocional.
3. Reconstruir a conexão com sua identidade
A pergunta que mais transforma minhas pacientes é simples:
“Quem você seria se não estivesse carregando expectativas de ninguém?”
Quase sempre, a resposta gera um silêncio…
E, depois, lágrimas.
Porque ali começa o recomeço.
Você não precisa continuar atravessando isso sozinha. Se este texto falou com você, se alguma parte dele pareceu descrever exatamente o que está acontecendo aí dentro… saiba que isso não é coincidência.
Muitas mulheres chegam até mim no exato momento em que percebem que não conseguem mais ignorar o que sentem.
E o que sempre digo é:
“Você merece um espaço seguro para se reencontrar.”
A psicoterapia não é sobre corrigir “erros”. É sobre voltar para casa — para dentro de você.
Se você sente que é o momento de cuidar de si, eu posso te ajudar.
Sou Daniela Hohlenwerger, psicóloga especializada em saúde emocional da mulher, e meu trabalho é ajudar mulheres a reconstruírem o equilíbrio, a autoestima e a clareza emocional sem culpa, sem pressa, e com acolhimento.